Estou de volta com o livro de fevereiro do meu desafio literário: 12 livros escritos por mulheres negras para 2018. Minha leitura está em dia, o que significa que já terminei o livro de março também, mas não consigo ser tão rápida escrevendo no blog quanto lendo, então agradeço a paciência de quem me acompanha por aqui. Desde o ano passado tenho dividido os comentários sobre a leitura do mês em duas publicações: a primeira para falar sobre a escolha da autora e da obra e a segunda para contar minhas impressões sobre o livro. Então vamos lá, sem enrolar mais.
NoViolet Bulawayo era uma escritora totalmente desconhecida por mim até a montagem da lista do meu desafio literário deste ano. Talvez muitos de vocês também não a conheçam. Primeiro, pelo motivo triste – mas verdadeiro – de que escritoras negras não recebem a mesma atenção do mercado editorial para divulgação de seus livros (quando finalmente são publicados). Considero a autora um verdadeiro achado, porque eu realmente a conheci pesquisando especificamente sobre escritoras negras, não foi através de propaganda do livro, resenhas ou algo do tipo. Fica aqui a crítica à falta de divulgação. O segundo motivo que possivelmente dificulte conhecer NoViolet Bulawayo é que ela ainda não tem muitas obras publicadas. Precisamos de novos nomes (2013) é seu primeiro e único livro até agora. A autora tem outras pequenas histórias publicadas em revistas e jornais, mas não traduzidas para o português.
Apesar de ser o primeiro livro, você pode imaginar o poder da escrita de NoViolet Bulawayo ao saber que sua obra já foi traduzida para vários idiomas e recebeu diversos prêmios. Vou deixar para comentar sobre o livro na próxima publicação, mas devo dizer que ele é realmente incrível e, curiosamente, me levou a fazer uma relação interessante com a leitura de janeiro, que foi Ponciá Vicêncio, da Conceição Evaristo.
Sobre a escritora, não parece haver muita informação disponível. O básico que surge na maioria dos resultados de busca é que NoViolet Bulawayo é nascida e criada no Zimbábue e hoje em dia mora nos Estados Unidos, onde também estudou e atualmente leciona. Seu nome é um pseudônimo, o que achei muito interessante, considerando que o título de seu primeiro livro é justamente Precisamos de novos nomes, e conta a história de uma menina que se mudou do Zimbábue para os Estados Unidos. Porém, não se enganem, o livro não é uma autobiografia, não se trata da história de vida da autora. Mas acho que tanto o tema dos nomes como o da migração aparecem como questões importantes para ela e no livro ficam bem evidentes.
Como contei antes, conheci NoViolet Bulawayo ao procurar especificamente por escritoras negras. Caí em uma das várias listas do tipo “escritoras que você precisa conhecer”, me interessei bastante por seu livro e aqui estou para dizer que foi uma ótima escolha. Já espero ansiosamente por suas novas histórias e, com certeza, recomendo muitíssimo a leitura.
Espero vocês na próxima publicação para falar sobre Precisamos de novos nomes.
Se quiser ver a lista completa do meu desafio literário de 2018, clique AQUI.
nossa, estou animadíssima para copiar seu desafio. e vou lá na Estante Virtual agora mesmo procurar esse livro. obrigada pela dica! e continue lendo & escrevendo ♥
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Obrigada pelo incentivo, Karina! E que bom que se animou com o desafio. É muito bom conhecer novas escritoras, né? Também me emplgo muito, rs. Um abraço!
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