Desafio Literário 2017: setembro – Xinran

Ainda falando do desafio literário de 2017, quero compartilhar minha leitura de setembro. Como vocês já sabem, estou retomando os comentários sobre o desafio do ano passado desde onde havia parado quando dei uma pausa no blog. Em fevereiro começo a falar sobre o desafio de 2018. Bem, como sempre, antes de falar sobre o livro, gosto de contar o motivo da minha escolha.

Xinran foi a autora escolhida para setembro. Preciso confessar que, antes do desafio, eu não conhecia nada sobre ela e seus livros. Nunca havia lido nenhum de seus escritos e esse foi um motivo importante para incluí-la em minha lista: tratava-se de uma escritora totalmente inédita no meu repertório. Outro motivo – e talvez o principal – foi o fato de Xinran ser uma mulher chinesa falando sobre mulheres chinesas, ou seja, uma perspectiva totalmente fora da minha realidade. Considero importante sairmos da nossa zona de conforto e conhecer o que pessoas tão distantes de nós têm a dizer. Com a leitura do livro me dei conta de que, se por um lado existem aspectos culturais muito específicos da China, por outro, existem situações de abuso e opressão à mulher que infelizmente se repetem no mundo inteiro. Nesse sentido, as distâncias se tornam bem menores.

Xinran

É um pouco frustrante não encontrar em português uma biografia mais detalhada de Xinran (quem conhecer alguma, me indique, por favor), mas se você estiver interessado em conhecê-la também, consegue encontrar alguns dados na internet. A escritora nasceu em Pequim, em 1958. Trabalhou como jornalista em Nanquim durante muitos anos, chegando a apresentar um programa de rádio. Desde 1997 vive em Londres, onde foi possível publicar seu livro As Boas Mulheres da China, lido neste desafio literário, já que ela não teve permissão para publicá-lo em seu país. Seus livros, em geral, abordam questões relacionadas às mulheres chinesas, as histórias são baseadas nos inúmeros relatos que escutou enquanto era jornalista em seu país e também em sua própria experiência, assim como das mulheres ao seu redor.

Em setembro de 2017 li As boas mulheres da China e o terminei com vontade de ler todos os outros livros da autora. Apesar de ser um livro que considero pesado, pois traz histórias reais extremamente violentas e tristes, é, ao mesmo tempo, um livro que nos ajuda pensar em muitas questões importantes. Mas falarei sobre ele na próxima publicação. Espero que voltem aqui para ler!

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