A leitura de maio do meu Desafio Literário: 12 livros escritos por mulheres para 2017 foi muito especial. Li um livro que queria ler há tempos, fiquei meio perdida com ele, depois me encontrei e só tive mais uma confirmação do porquê Clarice Lispector é tão admirada! Porém, como estou fazendo todos os meses, antes de falar sobre minha leitura, quero falar um pouquinho sobre a autora e o motivo de eu a ter escolhido para minha lista deste ano.
Na verdade, me sinto meio desconfortável em falar sobre a biografia Clarice Lispector. Sei que ninguém é obrigado a conhecer sobre a vida de uma escritora ou escritor, não é obrigado sequer a saber que ela ou ele existe, mas existem centenas de páginas na internet dedicadas a falar sobre a biografia de Clarice. Recomendo uma busca rápida e você pode encontrar muito mais informações, que, na verdade, eu apenas copiaria aqui. Pode ser?
Bem, nesse caso, quero falar então sobre o motivo que me fez adicionar essa autora à minha lista do desafio literário. Lembro que meu primeiro contato com Clarice Lispector foi na escola. Durante as aulas de Literatura aprendi um pouco sobre a importância dela para a Literatura Brasileira, como suas obras eram geniais, diferentes de tudo o que era escrito em sua época, como ela buscava desvendar o espírito humano através de seus livros… Mas, curioso, não tive a oportunidade de ler nada escrito por ela nesse período. Nenhum livro foi recomendado, nenhum conto foi trabalhado em sala de aula. Você pode dizer: “mas os livros da Clarice Lispector são difíceis, talvez seja complicado trabalhar eles com adolescentes”. Talvez. Mas a dificuldade nas obras de Machado de Assis, Mario de Andrade, Guimarães Rosa (autores que eu gosto muito, diga-se de passagem) não foi empecilho para que eles fossem leitura obrigatória na minha época escolar.
Meu segundo contato com Clarice Lispector foi na época do vestibular. Um dos processos seletivos pelos quais passei exigia a leitura de A hora da estrela. Li esse livro com lágrimas nos olhos. A história de Macabea tocou profundamente meu coração, embora, naquele momento da minha vida, eu provavelmente não entendi tudo o que esse livro poderia me ensinar (preciso reler). Descobri de verdade porque Clarice Lispector era considerada uma das maiores escritoras brasileiras. Li mais alguns contos dela, porém, parei por aí. Como já contei aqui no blog, o período da faculdade foi uma época em que eu diminui muito meu ritmo de leitura devido à alta carga de literatura acadêmica do meu curso. Não voltei a ler nada mais da Clarice, embora tenha todos os livros dela na minha lista de “próximos”.
Quando decidi esse ano ler apenas livros escritos por mulheres, vi a chance de finalmente voltar a essa autora que um dia tocou meu coração. Escolhi A paixão segundo G.H sem saber que era considerado um dos livros mais difíceis dela. Devo confessar, esperava uma narrativa parecida com A hora da estrela, mas, na verdade, já comecei com bastante dificuldade. Porém, não desisti e vou contar no próximo post toda minha experiência de leitura e um pouco do que interpretei desse livro. Se interessa a vocês, voltem aqui depois para ler.
Quero saber a sua experiência com os livros da Clarice Lispector. Me conta nos comentários? Vou gostar muito de saber quais livros já leu, o que achou, o que pretende ler, etc. E falaremos mais sobre ela na próxima publicação.
Que legal, estou ansiosa para sua resenha 🙂 Realmente há muitos contos da Clarice que poderiam ser vistos na escola. É muito mais uma questão de sentir do que entender. Bjs!
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OI, Val! É verdade, é muito mais sentir, por isso às vezes é um pouco difícil. Em breve eu vou colocar a resenha. Bjo!
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