Da série: textos antigos que resolvi republicar. Estou com vários assuntos para falar aqui no blog, mas já tem uns 10 dias que estou numa correria doida, então está meio difícil parar e organizar as escritas e postagens. Para não deixar um vazio aqui por muito tempo, resolvi compartilhar algo que estava na minha lista de textos antigos para publicar novamente. Esse eu escrevi em 2008 e coloquei no blog que tinha na época e, na verdade, é uma reprodução quase literal da conversa que tive um amigo. Tem coisas que escrevi há anos e acabei não gostando mais, depois de um tempo. Mas esse não é o caso, eu continuo achando essa conversa muito bonitinha e inspiradora. Espero que gostem.
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ÃO
– Como você está?
– Hum… Com uma questão para resolver, mas não quero falar sobre isso agora. E você?
– Bem, bem…
– Não é engraçado?
– O que é engraçado? Eu estar bem?
– Não, não isso. Isso é bom! É engraçado a palavra “questão”. O “ão” geralmente significa que algo está no aumentativo, é maior.
– Então sua questa é bem grande. Não quer mesmo falar sobre isso?… Ei, peraí, e a palavra “não”?
– É uma grande negação.
– Mas negação também termina com “ão”. E portão?
– Porta grande. E limão?
– Lima grande… E coração?
– Não sei. E feijão, peão, mamão, mão, razão… Ah! E anão?
– Você me confundiu. Eu diria que anão é uma Ana grande, mas é melhor não dizer.
(risos)
– Vou te falar sobre minha questão.
– Diga, quem sabe não a transformamos em questinha…